quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Eficiência Operacional, sonho ou realidade?


No mercado financeiro nos deparamos, diariamente, com este desafio em cada cliente que visitamos. De forma simples e direta o IEO, Índice de Eficiência Operacional, é a relação entre as despesas operacionais da instituição e sua receita bancária onde quanto menor for o índice, resultado desta fórmula, mais eficiente será a instituição financeira.

Os bancos vivem em um novo momento onde temos um cenário macro-econômico diferente, desafiador, com pressões do governo que resultaram na redução da taxa de juros dos bancos públicos que forçaram os bancos privados a reduzirem as suas taxas para competirem e o spread bancário, diferença entre a taxa de captação e taxa de empréstimo, diminuiu. Claro, vocês dirão que hoje os juros voltaram a subir (Taxa Selic) como ferramenta do nosso governo, a qual já conhecemos bem, para atacar o quadro inflacionário que voltamos a enfrentar. Mas, na verdade, inflação é criada de algumas formas e hoje vemos que o próprio governo, o qual volta a usar o remédio amargo da alta dos juros, tem contribuído e muito para que a nossa inflação volte a crescer. Sim, pelo simples fato de que ele gasta muito, custa caro para nós contribuintes! Em outras palavras, não é eficiente!

No último dia 28 de setembro vimos o Brasil em destaque na capa do The Economist sob o título: “Has Brazil blown it?”, traduzindo “O Brasil estragou tudo?” mas há quatro anos atrás vimos uma manchete diferente, “Brazil takes off”, traduzindo “O Brasil decola”. Fico me perguntando...O que fizemos de errado? O Brasil estava realmente decolando ou nós fomos vistos desta forma em virtude do mundo inteiro estar atravessando uma das maiores crises financeiras?
Hoje com o cenário de recuperação do resto do mundo vemos o nosso Brasil, o país do futuro, patinando na sua própria falta de visão estratégica, planejamento e eficiência sem contar o alto índice de corrupção. Paramos de sonhar e a realidade hoje é outra!

Voltando aos bancos vemos que a tecnologia tem contribuído muito para que a eficiência seja cada vez maior, seja através de infraestrutura convergente, equipamentos capazes de integrarem processamento, comunicação, armazenamento, virtualização e gerenciamento, seja no desenvolvimento de uma estratégia de Big Data para aumentarem suas receitas, controles, governança, visão única do cliente e redução de fraudes. As novas aplicações também tem o seu destaque e estão disponíveis frameworks de desenvolvimento mais eficientes e alinhados com as expectativas dos novos usuários.

Estamos diante de um cenário de quebra de novos paradígmas como já vivemos similares quando deixamos o Maiframe e adotamos o modelo Cliente-Servidor e assim por diante. Portanto, os que se prepararem e aplicarem inovação em seus negócios, novas tecnologias e novos modelos de consumo de tecnologia, novos modelos de negócio com alta capacidade analítica em tempo real, sem dúvida, terão diferenciais competitivos importantes.

Todas estas inovações podem e, na minha opinião, devem ser aplicadas pelos nossos governantes para que nossa ineficiência seja reduzida e vejamos, por exemplo, o Brasil não apenas como o segundo maior produtor de alimentos do mundo mas com capacidade de armazenar, escoar e exportar sua produção com custos competitivos pois a EMBRAPA, com tecnologia diferenciada, tem cumprido muito bem o seu papel aumentando a capacidade de produção, é realidade e não sonho!


Roberto Voi
Diretor de Vendas - Finance & Enterprise
roberto.voi@emc.com
EMC Computer Systems Brasil
www.brazil.emc.com